O Meu Romance Quimico - conta-me como foi...

Esta é a versão mais detalhada do concerto dos My Chemical Romance pelos meus olhos...

Antes de entrar no Coliseu dos Recreios num belo fim de tarde de Domingo, fui jantar a uma tasca uma bifana e um Ice Tea (XD)...nesse sitio fui mijar a uma casa de banho, que ficava a dois passos sa cozinha. Essa casa de banho tinha, literalmente este tamanho ---, e se um gajo nao acertasse no sitio morria afogado...

Já na fila, conhecemos dois individuos do sexo feminino que se juntaram a nós para entrar, mas isso será mencionado mais à frente...

Nessa respectiva fila, com milhares de adolescentes vestidos de preto mais o Je e o Zé, fui abordado por um grupo de bissexuais, 3 ou 4 do sexo feminino e um do sexo masculino, este que era gay mesmo, com esta pergunta:

"És bissexual??"

E eu tal "macho" que sou respondi de voz grossa : "NÃO!!!!"

Alguns segundos mais tarde depois de ter ido ter com o zé, uma das bis aborda-me outra vez e pergunta:

" O teu amigo é bi??"

E eu que tenho muita estima pelo zezuca, e como o quero muito bem respondi:

"Ele??? Sim!! Ui, nem imaginam!!"

De repente um homossexual de 1.85 é puxado para o pé do meu amigo, que depois de perceber a cena, ficou um bocadinho preocupado e começou também a falar com voz grossa.."EU NÃO!! EU SOU MTO MACHO!!!"

E depois tudo ficou bem...curtia que ele curtisse com o homo...era bastante engraçado...

A fila começou a avançar e conhecemos durante breves minutos o pessoal a que chamamos "Malta da Sangria"...e cantamos em unissono...

"Eu só quero e alcool pa beber,

alcool pa beber,

e gajas pa foder!"

Finalmente conseguimos entrar...e, dentro do coliseu de lisboa, fez-me pensar no impacto que uma banda tem sobre os fãs...nunca vi mesmo nada assim...nao que eu tenha muita experiência em concertos, mas é que nem na televisão vi algo do género...público, cheio de adolescentes...adultos e algumas crianças que vinham com os pais...francamente à primeira vista, num concerto normalmente os pais não acompanham os filhos...mas houve uma excepção. Algo nos MCR que é apelativo a toda a gente...aquele espirito jovem imortal...faz-nos sentir como o Peter Pan...jovens para sempre...nada nos pode atingir...somos invenciveis...

Eu, o Zé, a Andreia e a Isabel chegamos lá abaixo, e tentamos penetrar o mais possivel por dentro do público...até que não podemos avançar mais. Ficamos lá a conversar e à espera que a banda de abertura começasse o mais depressa possivel, para acabar o mais depressa possivel, para os My Chemical Romance começarem o mais depressa possivel...

A banda de abertura era nova e chamava-se Cinemuerte...e não...não é espanhola, é portuguesa e canta em inglês...que giro...nome espanhol, canta em inglês e é portuguesa...whatever...

Bem, os Cinemuerte até são capazes de ter futuro e até tiveram uma boa reacção por parte do público, mas são pouco adequados comparado com o que estava a vir...era uma espécie de Jazz, Gothic, que por acaso atrofiou-me um bocadinho a cabeça...e a vocalista era até boa...até as lésbicas atrás de mim fizeram o favor de esclarecer exactamente isso...sim as mesmas de anteriormente falei...

Depois dos Cinemuerte acabarem para ai 5 musicas, que ao vivo pareceiam todas a mesma, houve um curto intervalo e o nosso pequeno grupo consegiu avançar mais uns passsinhos...

Finalmente entraram os My Chemical Romance...e aí...caros amigos...foi O DELIRIO TOTAL!! Toda a gente presente levanta-se entram mais seguranças...

Ray Toro é o primeiro a colocar a guitarra aos ombros, com o seu estilo old school e altamente concentrado.

Bob Bryar ao mesmo tempo senta-se na bateria e escolhe os sticks que vai utilisar...

Frank Iero e o substituto de Mikey Way também colocam as suas guitarras aos ombros e exibem-se para o público.

Gerard Way entra a correr e pega no microfone muito depressa e a faixa "This is How I Disappear" ecoa por cada canto da imensa Lisboa.

Podia estar com mais pormenores da banda mas vou contar as minhas peripecias enquanto "curtidor".

Para começar estava com a Andreia, que podia ter rolado alguma coisa, mas mal viu o Gerard Way (vocalista), evaporou-se do meu lado, tal ninja. Portanto é melhor esquecer este acontecimento...portanto tava eu o Zé e a Isabel (estes dois agarrados) juntos...ah...já mencionei que estava de bombazine e estava um calor enorme? Já mencionei ue estava a suar que nem um porco? Esqueçam esta parte...

Vejo uma abertura, e resolvi esquecer o Zé e a Isabel, pois não queria interromper nada., e avancei mais para a frente...fui e coiso e tal...fui curtir como nunca...acho que ninguem se diverte assim numa disco...eu saltei, estive em moshes, deram-me para os rins vezes sem conta...um gajo a fazer crowd surfing manda-me um enorme pontapé na nuca, eu vou ao chão durante três segundos e levanto-me pronto para outra...penso que fui violado pois me senti humido nas calças...andei a fazer viagens enormes por todo o lado e finalmente fiquei num sitio fixo...com dores enormes nos rins devido à porrada e por não beber durante quase 4 horas...depois consegui encontrar o Zé e a Isabel que aparentemente curtiram...

Até ao final foi só curtir a música...e queria dizer que o público português é o melhor público de sempre em concertos...

Highlights:

-Gerard Way pega na bandeira portuguesa...

-Gerard Way diz uma frase que me ficou gravada na cabeça "You've all been really, really bad, and that's really, really good!!"XD

-Gerard Way elogia o público português: "In a concert in (...) things were a little bit low, and 15 of you motherfuckers helped cheer things up!! So thank you!! And Jonas is ultra sexy!!"

-A última parte da anterior não é verdade...

-O show acaba em grande com a música "Helena" e bem, com "so long and goodnight!"

João Gomes Martins, 15 anos, e mais não digo porque são 5:33 da manhã, OLÉ!!